O Impressionante Legado Arquitetónico de Lisboa
Lisboa acolhe toda uma variedade de estilos arquitetónicos que convergem em edifícios únicos, impressionantes e enigmáticos que prendem o nosso olhar apenas pela fachada. Amantes de arte, a capital portuguesa chama-vos.
Como Portugal não participou na II Guerra Mundial, Lisboa foi das únicas cidades europeias que escapou aos tenebrosos bombardeamentos, conseguindo assim preservar o seu incrível legado cultural edificado espalhado pelas suas sete colinas. Embora o Manuelino seja o estilo mais representado, há que não ‘’julgar os edifícios pela capa’’ e conhecer os seus irreverentes interiores, na maioria das vezes forrados de uma arte completamente distinta, tal como o Barroco. Fazemos-lhe agora uma visita guiada pelas obras-primas arquitetónicas mais espetaculares de Lisboa.
1. Arco da Rua Augusta
A Praça do Comércio alberga o incrível Arco da Rua Augusta, um arco triunfal e glorioso construído em comemoração à rápida reconstrução da cidade após o terramoto que tanto marcou a sua história.
Conta com 6 colunas (as mais altas têm 11 metros de altura), várias estátuas históricas e algumas figuras míticas que são, na verdade, uma metáfora para a força, resistência e conquistas do povo português.
2. Estação do Rossio
Quem vê o exterior da Estação do Rossio pensa, muito provavelmente, que quem ali entra está prestes a entrar num universo de arquitetura antiga. Na verdade, é outra estação de comboios, mas nem por isso menos interessante. Na sua soberba fachada contempla-se o Neomanuelino, um estilo muito popular no país em meados do século XIX e no início do século XX.
Na verdade, o Neomanuelino foi a resposta portuguesa ao Romantismo europeu, divergente pelo seu propósito nacionalista muito patente em vários edifícios da cidade.
3. Sé Catedral
Também conhecida como Igreja de Santa Maria Maior, a Sé Catedral de Lisboa é a mais antiga da capital. Este belíssimo templo católico foi construído em 1147 após a reconquista Cristã, e ao longo do tempo afirmou-se como um símbolo de resiliência da cidade.
Por mais que fossem os terramotos, a Sé resistiria. Não obstante, e como consequência dos mesmos, as diferentes obras de restauro que lhe foram sendo aplicadas conduziram à sua assinatura arquitetónica intrigante da atualidade: uma mistura harmoniosa de arquitetura religiosa Românica, Gótica, Barroca e Neo Manuelina.
4. MAAT - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia
Localizado na margem norte do Tejo, o MAAT assinala uma nova era para arquitetura em Portugal e para o próprio conceito de museu. Dentro das suas paredes, um novo centro cultural ergue-se para a discussão aberta sobre arte, arquitetura e tecnologia, mas o que mais surpreende os visitantes é, sem dúvida, a sua arquitetura incomum.
Tão incomum que o seu fascinante ‘’telhado’’ curvado forma o miradouro panorâmico mais cobiçado e moderno de Lisboa.
5. Palácio Nacional e Convento de Mafra
A magnificência da monumental arquitectura do palácio, convento e basílica de Mafra testemunha a opulência da corte do rei D. João V (1707-1750). Foi o rei D. João V quem ordenou a construção do que se revelou ser o marco definidor da época barroca portuguesa. O projecto foi de Frederico Ludovice que incorporou na sua inspiração uma linguagem arquitectónica de estilo italiano.
Uma vez residência veraneia da família real, o Palácio inclui várias coleções com obras de artistas portugueses, italianos e franceses que, incluindo pintura e escultura barroca, vestes e ornamentos religiosos, assim como murais pintados pelos mais ilustres artistas portugueses.
6. Mosteiro dos Jerónimos
O Mosteiro dos Jerónimos, Património Universal da Humanidade desde 1983, tomou o lugar de uma pequena ermida construída sob as ordens do rei D. Manuel I que ali se encontrava, onde Vasco da Gama passou a noite em oração antes de partir em direção à Índia.
Com o sucesso da sua viagem, D. Manuel I, ao pressentir a época de glória que se avizinhava, ordenou a construção do atual mosteiro, processo este que durou cerca de 100 anos e foi financiado com o ouro do Brasil, uma colónia portuguesa na altura. Tudo sobre esta obra é verdadeiramente impressionante, mas são os claustros do século XVI que causam furor entre os visitantes. Há ainda que mencionar que o Mosteiro dos Jerónimos assinala, com todo o seu esplendor, o auge da arquitetura Manuelina em Portugal.
7. Torre de Belém
A dramática Torre de Belém, inscrita na listagem de Património Mundial da Unesco desde 1983, é o ex libris do património cultural português projetado em todo o mundo. Construído em homenagem ao santo patrono de Lisboa - São Vicente, a Torre integrava um sistema de defesa tripartido entre o baluarte de Cascais e a fortaleza de São Sebastião da Caparica, na outra margem do rio.
E não há dúvidas de que a decoração da torre ostenta o Manuelino, ainda que com uma torre quadrangular que nos lembra os castelos medievais e guaritas com cúpulas de gomos que denotam a influência das fortificações marroquinas.
8. Gare do Oriente
É raro encontrar uma estação ferroviária tão futurista como a Gare do Oriente, construída em 1998 quando Lisboa acolheu a Exposição Mundial. Desenhada pelo famoso arquiteto Santiago Calatrava, desta deslumbrante estrutura moderna destaca-se o telhado de vidro e aço em forma de árvores.
Alberga uma estação de comboios, um metro e um terminal de autocarros, juntamente com uma deslumbrante exposição de murais de azulejos desenhados por talentosos artistas contemporâneos de todo o mundo.
8. Panteão Nacional
A abóbada da antiga igreja de Santa Engrácia, hoje o Panteão Nacional, brilha entre a paisagística já por si impressionante de Lisboa. A antiga igreja havia sido construída no século XVI e foi brutalmente vandalizada 30 anos depois.
O processo de reconstrução foi moroso, tendo demorado cerca de 300 anos até a sua conclusão. É hoje o túmulo das mais prestigiadas figuras de Portugal, e deve ser visitado pelos amantes de arte, uma vez que a sua inconfundível arquitetura barroca aliada aos pormenores decorativos de inspiração grega criam uma das mais impressionantes e importantes obras de arte de Lisboa.
10. Igreja e Mosteiro de São Vicente de Fora
Já em 1147, D. Afonso Henriques havia mandado fundar, neste lugar, um Mosteiro dedicado a São Vicente, a quem tinha feito uma promessa caso conseguisse conquistar Lisboa aos Mouros. Porém, o monumento que hoje nos deslumbra foi edificado entre 1582 e 1629 por ordem do Rei Filipe II, durante a Dinastia Filipina.
A deslumbrante fachada, da autoria do célebre arquiteto português Baltazar Álvares,foi uma das primeiras a seguir o Estilo Chão, a resposta portuguesa ao maneirismo romano. Uma vez dentro do mosteiro, é a arte barroca que nos deslumbra, mas não só. Há que realçar também o revestimento de azulejos azuis, em particular no claustro onde estão representadas as Fábulas de La Fontaine e a talha dourada, com destaque para o baldaquino sobre o altar-mor, da autoria do reconhecido escultor do séc. XVIII Machado de Castro.
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