Património Histórico & Legado Cultural de Lisboa, Portugal

Um Olhar Atento Sobre a História E Cultura de Lisboa

 

De períodos imperialistas a pragas desastrosas, de um dos terremotos mais destruidores e mortíferos de que há registo a uma das maiores ditaduras da Europa, Lisboa encontra sempre uma forma de se reerguer e de regressar mais forte. 

 

Origem da Palavra: Alis Ubbo, Lissabona e Lisboa 

Há cerca de 3000 anos, os Fenícios ocuparam Lisboa e batizaram-na de ‘’Alis Ubbo’’, expressão que significa ‘’costa encantadora’’, mas seguiram-se-lhes os Romanos. Estes, dono de um império notável na época, aqui permaneceram até até ao século V. Em 714, os Mouros destronam os Romanos e o nome da cidade passa a ‘’Lissabona’’. Foi então que, em 1147, guerreiros cristãos sob o comando de D.Afonso Henriques - o primeiro rei de Portugal, re-conquistaram a cidade, agora Lisboa.

 

A Era dos Descobrimentos

Lisboa, a segunda capital mais antiga da Europa (depois de Atenas), afirma-se como ‘’o’’ novo destino para os turistas oriundos do resto do continente. É a ‘’Cidade do Mar’’, ‘’A Cidade dos Exploradores’’, outrora casa das mais bravas figuras dos Descobrimentos, como Vasco da Gama, Fernão de Magalhães e o Infante D. Henrique de Avis. E tudo começou nos séculos XV e XVI quando Vasco da Gama descobriu caminho marítimo para a Índia. Lisboa incorreu num crescimento imediato, tendo-se tornando no centro de um extenso e bravo império económico.

 

No bairro histórico de Belém encontram-se muitos monumentos alusivos a esta época de glória da nossa história, em que Portugal deu ‘’novos mundos a conhecer ao mundo’’. O Padrão dos Descobrimentos, erguido em homenagem ao Infante D. Henrique, também conhecido como ‘’O Navegador’’, marca o local onde muitas naus embarcaram pelo rio Tejo abaixo em direção ao mar aberto e aos mundos então desconhecidos.

 

A Idade do Ouro

 

No século XVII, Lisboa voltou a afirmar-se como o centro de um império mundial aquando da descoberta de ouro no Brasil, colónia portuguesa na altura.  Comerciantes de todo o mundo afluíram à cidade e começaram a negociar em ouro, especiarias, sedas e jóias, fazendo de Lisboa um porto de paragem imprescindível. A arquitectura frenética e extravagante construída naquela altura acaba por ser um reflexo da mesma, e dela nasceram obras manuelinas estonteantes como o fantástico Mosteiro dos Jerónimos, Património da Unesco, em Belém.

 

O Grande Terramoto de 1755 

O dia 1 de Novembro é um dia inesquecível para Lisboa e para Portugal. Às 9h40, 3 grandes terramotos abalaram a cidade enquanto os residentes celebravam a missa do Dia de Todos os Santos. Ainda hoje tal sismo é considerado um dos mais fortes da história, medindo entre 8,5 e 9,1 na escala de magnitude da época. Com as igrejas de Lisboa repletas de velas acesas, um incêndio ainda mais catastrófico deflagrou já depois desastrosos sismos, e foi impossível contê-lo durante cinco dias.

 

Para piorar a situação, as águas do rio Tejo tinham recuado devido às perturbações sísmicas, e um desastroso tsunami com cerca  9m de altura dizimou centenas de pessoas que se tinham reunido no espaço aberto e aparentemente seguro da Praça do Comércio. Tudo dito e feito, estima-se que cerca de 100.000 dos 270.000 habitantes de Lisboa perderam a vida. 

 

Era tempo de reerguer a cidade, de fazê-la renascer. O então secretário de Estado do Reino - Marquês de Pombal, foi a figura mais importante do processo de reconstrução de Lisboa, tanto que a Baixa é chamada de  Baixa Pombalina em sua homenagem. E qual era o plano? Lisboa iria ser reconstruída de forma simples, barata e anti-sísmica. E assim nasceu a Lisboa moderna, com largas avenidas e praças todas perpendiculares umas às outras, formadas em torno de um eixo central - a Rua Augusta. A sabedoria e perspicácia de Marquês de Pombal vivem imortalizadas na arquitetura fenomenal de Lisboa, renascida dos destroços com ainda mais força. 

 

Lisboa Moderna 

Com o fim abrupto da primeira República do país (1910-1926), o partido conservador ganha forças e instala um novo regime - o Estado Novo, uma das ditaduras mais longas da Europa. Salazar e o seu regime foram derrotados a  25 de Abril de 1974, com uma revolução pacífica conhecida como "A Revolução dos Cravos", onde as armas não foram usadas, mas adornadas com cravos vermelhos. E Portugal voltou a ser livre, não tardando a ser um país democrático de novo! 

 

Portugal é também membro da União Europeia desde 1986, abrindo assim as suas fronteiras a visitantes oriundos do resto do continente. Lisboa é simultaneamente uma movimentada cidade portuária do Atlântico e uma porta de entrada para o Mediterrâneo - fundindo dois estilos de vida distintos, mas complementares, e dando aos visitantes uma dose dupla da cultura europeia, culinária e um toque cosmopolita. Basílicas abobadadas, mercados movimentados e jardins convergem para criar o ritmo incomparável da vida Lisboeta.

 

TOP 10 MUSEUS EM LISBOA 

 

1. Museu Nacional do Azulejo

 

A peça central deste museu é um painel de azulejos de 23 metros dá a conhecer Lisboa ante do terrível terramoto de 1755. Basta passear um pouco pelas ruas de Lisboa para verificar que a cidade é apaixonada por estes, há muito um símbolo cultural, onde se outrora se retratava, através da pintura, a vida de antigamente. 

 

2. Museu Calouste Gulbenkian

 

Descubra 5000 anos de História através da espantosa colecção pessoal de Calouste Gulbenkian, com exposições sobre a arte arménia, oriental, egípcia, greco-romana e muito mais. Esta colecção privada é uma das mais importantes colecções de arte internacional a nível mundial, mas o museu alberga ainda diversas exposições contemporâneas.

 

3. MAAT - Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia 

 

Algo ainda mais interessante que a combinação incrível de arte urbana, tecnologia e ciência que este museu nos proporciona é, de facto, a sua arquitetura. Um incrível edifício ondulado coberto com azulejos brancas e com uma cobertura em terraço panorâmico que é, na verdade, o topo do edifício. O projecto paisagístico foi concebido por Vladimir Djurovic e conecta o edifício à antiga Central de Energia do século XX, hoje um espaço de exposição. 

 

4. Museu do Fado

 

Conheça a história do Fado, um dos legados culturais mais importantes de Portugal, através das fotografias, artefatos e instrumentos que compõem este museu em Alfama, onde nasceu. Sabia que o Fado foi considerado pela Unesco como Património Imaterial da Humanidade?

 

5. Museu Nacional de Arte Antiga

 

Saiba como foi Portugal desde a Idade Média ao século XIX como uma visita ao Museu de Arte Antiga, onde se encontram obras de arte da época como pinturas, esculturas, mobiliário, cerâmica,  têxteis e peças em ouro e prata.

 

6. Museu Nacional dos Coches

 

O Museu Nacional dos Coches é o mais visitado de Portugal e alberga uma colecção histórica de coches de todo o mundo, utilizados entre os séculos XVI a XIX. Prepare-se para encontrar os coches mais exuberantes e extravagantes do mundo.

 

7. Museu Colecção Berardo

 

Junto ao Mosteiro dos Jerónimos, em Belém, o Museu Colecção Berardo acolhe uma exposição de arte contemporânea que vai desde o Minimalismo, ao Conceitualismo, Cubismo e Surrealismo. Temos a certeza que nomes como Pablo Picasso, Andy Warhol e Francis Bacon irão impressioná-lo. 

 

8. Museu do Oriente

 

Muitas das obras de arte presentes neste museu abordam a grande influência de Portugal sobre a cultura oriental. Aos domingos, o restaurante do museu organiza um brunch no seu espaço privilegiado e que proporciona vistas fabulosas sobre o rio Tejo, servindo especialidades de inspiração asiática. 

 

9. Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado 

 

O Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado faz um convite a todos os amantes de arte contemporânea portuguesa dos séculos XIX e XX, que serão presenteados com pinturas e esculturas que ilustram a passagem do Romantismo ao Modernismo. 

 

10. Museu Arqueológico do Carmo

 

O Museu Arqueológico do Carmo convida-o a descobrir as ruínas do antigo Convento do Carmo, parcialmente destruído pelo terramoto de 1755 e respetivo incêndio. No ano de 1756 iniciou-se a sua reconstrução, já em estilo neogótico, interrompida definitivamente em 1834, devido à extinção das Ordens Religiosas em Portugal. Em meados do século XIX, imperando o gosto romântico pelas ruínas e pelos antigos monumentos medievais, optou-se por não continuar a reconstrução do edifício. É assim criado um museu a céu aberto a partir de ruínas mágicas de outrora.

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